Irmã Maria de São João Evangelista
(Alzira da Conceição Sobrinho)
Alzira da Conceição Sobrinho nasceu na aldeia de Pereira, em Mirandela, Portugal (Diocese de Bragança-Miranda), a 4 de abril de 1888.
O seu grande amor a Jesus Eucaristia, desde a infância, manifesta-se vivamente aos quinze anos, durante a exposição do Santíssimo Sacramento, quando, tomada pela intensidade da Presença Real, Alzira entra em êxtase, tendo depois uma visão do Sagrado Coração.
Em 1910, o Senhor diz-lhe que quer andar consigo num relicário, em contínua união; quatro anos depois, pressentindo que isso vai acontecer, Alzira retira-se para o quarto e vê uma hóstia entrar no humilde relicário que preparara, segundo indicação do Senhor. Este fenómeno não mais deixará de se repetir ao longo da sua vida. O diretor espiritual, os párocos e até o bispo procedem, então, a várias provas, e concluem sempre pela veracidade dos factos: selado e lacrado um relicário vazio, aparecia no seu interior uma hóstia, sem intervenção humana.
Em 1916, o Menino Jesus pede-lhe a fundação de uma Ordem de Vítimas Imoladas ao Amor do Santíssimo Sacramento dedicada à reparação eucarística, cujos membros seriam autorizados a andar com uma hóstia consagrada num relicário, em espírito de contínua adoração.
Gradualmente, vai-se formando em Pereira um núcleo de devoção eucarística e, mais tarde, uma obra de apoio a meninas carenciadas. Depois de uma longa história de obediência e esperança, em 1950 é fundada a Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, onde Alzira ingressa com o nome de Irmã Maria de São João Evangelista. Com fama de santidade desde muito nova, conhecida pelo seu amor à Eucaristia e pela dedicação ao próximo, muitos a procurarão para pedir conselhos ou orações. A sua vida de oração marcou indelevelmente as suas Irmãs religiosas.
Faleceu em Chacim (Macedo de Cavaleiros), no dia 10 de junho de 1982, solenidade do Corpo de Deus, como tanto desejava, sendo sepultada em Pereira, localidade hoje conhecida como Aldeia Eucarística, devido à marca de fervor eucarístico que ali deixou. Desde o tempo da Irmã São João é tradição o bispo diocesano celebrar ali, a cada ano, a solenidade do Corpo de Deus, com numerosa participação de fiéis.
Podemos encontrar a síntese da sua missão eucarística nestas suas palavras:
Só queria, em cada coração que palpitasse sobre a terra, formar um trono a Jesus Hóstia, e em cada família um altar, a fim de que Jesus reinasse, pois Ele diz e pede que quer ser reconhecido como Rei de amor no Santíssimo Sacramento.