“Hoje é um Domingo mariano”, apelou o Pe Pina Rebeiro, que presidiu à celebração da eucaristia que iniciou o nosso terceiro dia de Capítulo. Aprendemos de Maria este «Faca se em mim… eu venho ó Deus para fazer a Vossa vontade. E são 3 os títulos de Nossa Senhora: ser amada de Deus (dom de Deus), aquela que acreditou (resposta de Maria) e, vertendo destas duas, ser a mãe do meu Senhor. Nossa Senhora é o “espelho de justiça”, o exemplo daqueles que querem ser fieis. No evangelho deste IV Domingo do Advento, estão as 4 dimensões da fidelidade, que dão continuidade à reflexão do dia anterior: discernir a vontade de Deus (questionar, esclarecer), o sim total e generoso (abandono), a coerência e a perseverança.» No final da homilia, o presidente da celebração ressaltou que “as irmãs, para se realizarem como religiosas, têm de ser mães. Não só espiritualmente (na oração), mas quase fisicamente, na doação física a quem precisa de ser ouvida, ajudada…”
Os trabalhos do dia iniciaram com a leitura das atas das sessões anteriores e a partilha de várias mensagens que chegaram ao XIX Capítulo Geral.
A Ir. Maria José Oliveira, Vigária Geral e presidente do Capítulo, apresentou o relatório geral da Congregação, com algumas interrogações lançadas à assembleia capitular para estudo e aprofundamento. Terminou com algumas palavras da conclusão do mesmo: «Creio que está chegada a hora de passos mais corajosos!… Façamos uma marcha ascendente, de confiança na primavera do Espírito. Olhemos a Congregação do lado de quem sonha, do lado de quem se prepara para crescer! E que cada uma assuma com entusiasmo a mesma atitude de D. Maria Augusta Martins: “As forças que em mim existem serão para as empregar neste ideal, nesta obra que Jesus iniciou”, com aquela certeza de que “ela vai caminhando, alicerçada em sangue e vidas de alguém”.»
O resumo do relatório económico da Congregação esteve a cargo da Ir. Emília Seixas. Já o Dr. Choupina e o Dr. Nuno, do gabinete de contabilidade, abordaram a situação económico-financeira de tudo o que corresponde ao NIF das Servas Franciscanas. De seguida, e após um pequeno intervalo, a Ir. Teresa Cambundo fez algumas anotações sobre o relatório da delegação de Angola.
Ainda antes do almoço, tivemos um espaço para o trabalho em pequenos grupos, analisando 3 pontos: evocar o melhor do passado nestes últimos anos da Congregação; sonhar, visionar, um futuro diferente para melhor; e comprometer-se, dispor-se a… ideias, propostas e iniciativas.
A tarde iniciou com a oração “Pedido do Espírito” (Youcat, Orações para jovens). Logo de imediato, cada grupo partilhou o fruto do trabalho da manhã, estando patente um claro clima de esperança e confiança, reconhecendo com valor o passado e sonhando com entusiasmo as novas oportunidades de concretizar o carisma no futuro.
Antes do lanche, por vídeo-chamada, toda a assembleia capitular felicitou a nossa Irmã Lúcia Lopes, ex-superiora Geral, pelo seu aniversário natalício, cantando “Parabéns”.
O segundo período da tarde permitiu, como estava previsto, a partilha de experiências e o diálogo aberto na sala, de forma a colocar “sobre a mesa” alguns assuntos que “verteram” dos trabalhos de grupo e as prioridades da congregação nas várias realidades onde se encontra.
Este diálogo profético, entre o positivo do passado e as prioridades do presente, foi colocado por todas na oração de Vésperas diante do “Rebento da raiz de Jessé”: “Descei, Senhor Jesus, do alto dos céus, vinde trazer ao mundo a paz de Deus”. Numa primavera de esperança, porque hoje já é futuro, continuamos este sonho de “ser eucaristia”, deixando que se faça em nós a vontade de Deus Amor!