18 de dezembro de 2021

No Teu SIM, o meu sim

– Permanecei no Meu amor –

Na eucaristia, logo pela manhã, “acordamos” a certeza de que o Senhor está connosco, o Emanuel, e por tal, arriscamos vigiar e orar pois “está perto o Senhor nosso Deus”.

Com o cântico do tema do Capítulo iniciamos os trabalhos, sendo este dia dedicado à reflexão e à interioridade para descobrir, como Santa Teresa de Jesus, “O que quereis, Senhor, de mim?”.

O Pe Pina Ribeiro abordou “A fidelidade e os nós” na Vida Consagrada, baseando-se sobretudo no documento da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica , “O dom da fidelidade. A alegria da perseverança.  Permanecei no meu amor (Jo 15, 9)”. Explorou algumas afirmações sobre a crise de fidelidade e as sombras da Vida Consagrada hoje.

Antes do intervalo, foi ainda tempo para ler várias mensagens enviadas à assembleia capitular (comunidades religiosas, colaboradores, amigos e jovens). Salientamos a alegria de receber do Papa Francisco uma mensagem que muito nos estimulou:

“… como sinal de reconhecimento eclesial pelo serviço apostólico prestado, e como penhor de abundantes graças divinas, o Papa Francisco concede às Servas Franciscanas participantes no Capítulo Geral, extensiva a todas as Irmãs da Congregação e às pessoas que beneficiam da sua fidelidade, a implorada Bênção Apostólica”.

 “Deus é fiel”, foi a primeira ideia apresentada na continuidade da reflexão do Pe Pina Ribeiro, na segunda parte da manhã. “O amor de Deus é sem limites, não tem prazo de validade como os iogurtes!” Memória e esperança são duas condições necessárias para a fidelidade: a Cristo e ao seu Evangelho, à Igreja e à sua missão, à Vida Consagrada e ao carisma do próprio Instituto, a nós próprios e à nossa vocação.

Depois do almoço, decorreu uma entrevista à Agencia Ecclesia sobre a história da a nossa Ir. S. João, a Congregação e a identidade social e pastoral e o âmbito do XIX Capítulo Geral eletivo.

Numa visão de futuro e inovação, acentuando as coisas boas da Congregação, o Pe Pina Ribeiro deu continuidade a este dia de paragem, no sentido de provocar em nós pensamentos e emoções positivas no durante e após Capítulo. Convidou-nos assim a passar de um “método crítico”, que olha o défice e o negativo, para um “método apreciativo” que considera sobretudo os aspetos positivos e o que há de bom na Congregação, de forma a ser semente e dom.

Deixou ainda para o nosso trabalho pessoal as seguintes provocações: “O nosso mundo não é um problema para resolver, mas um milagre a abraçar e acolher. O milagre da nossa Congregação é obra do Espírito que precisa recuperar o melhor do nosso passado e ativar os recursos, evangelizando com esperança e emoção positiva.”

Seguiu-se um espaço de partilha, onde cada irmã pôde fazer eco das reflexões do dia e esclarecer alguns aspetos sobre a identidade da Vida Consagrada e o compromisso da vida fraterna em comunidade.

Antes do intervalo, depois de uma tarde intensa, entoamos o cântico: “Por uma igreja sinodal, comunhão, participação e missão”.

Numa forte expressão do nosso carisma, tivemos um espaço de adoração eucarística com o perfume da passagem que serve de mote ao tema do nosso Capítulo e ao logótipo do mesmo “Permanecei no meu amor!” (Jo 15, 9), e a oração de vésperas. Junto a Jesus Sacramentado, deixamos respirar todas as interpelações que foram surgindo ao longo do dia e abandonamo-nos ao “Chefe da casa de Israel” para que nos resgatasse e reparasse com “o poder do Seu braço”.

No final do dia reuniram as várias comissões para preparar o dia seguinte e, na oração de Completas, entregamos ao Senhor da vida o desejo de, como Maria, permanecer em Jesus e fazer tudo quanto Ele nos disser.